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19-05-2014 18:00

Giro, logo existo - A Filosofia pensa a Gestão


No dia 21 de Maio, pelas 18h00, a Universidade Europeia recebe uma conferência/ debate subordinada ao tema Filosofia e Gestão. O mote será o livro Giro Logo Existo – A Filosofia Pensa a Gestão, da autoria de Catarina G. Barosa com a participação especial de vários filósofos de relevo: Mendo Henriques, António de Castro Caeiro, Miguel Real, Joana Rita Sousa, José Barrientos Rastrojo, Manuel Curado e Maria Luísa Ribeiro Ferreira.

Joana Rita Sousa, alumni da Universidade Europeia, concluiu o seu mestrado em 2011 com uma tese em que procurou as ligações entre a Gestão de Recursos Humanos e a Filosofia Aplicada e estará na conferência com a autora, Catarina Barosa.

Serão apresentadas as grandes linhas de orientação que presidiram à elaboração da obra, as principais conclusões que permitem estabelecer a relação entre a Filosofia e a Gestão.

A plateia deve estar preparada para entrar no mundo da filosofia e seguir a mais remota tradição socrática, onde os diálogos eram mantidos até se atingir o momento em que as ideias começam a nascer.

 

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Giro, logo existo - A Filosofia pensa a Gestão

Prefácio por Mendo Henriques

"Foi um raciocínio deste tipo que levou Catarina Barosa a cruzar o mundo da filosofia com o mundo da gestão neste Giro Logo Existo. Os gestores querem respostas. Os filósofos visam perguntas. Mas o que este livro oferece é a experiência comum ao perguntar e ao 

responder – esse espaço em que as respostas inesperadas poderão surgir desde que saibamos ir mais longe do que as perguntas expectáveis. É o que nos comunicam os filósofos que falam nesta obra e cuja diversidade e riqueza de vozes nos permite reconstruir um diálogo virtual entre eles e enriquecedor para nós.

José Barrientos-Rastrojo traz-nos um conceito de razão experiencial, à maneira de Pascal, em que os afetos, as paixões e os desejos que coabitam na razão nos ajudam a tomar decisões que a racionalidade lógica e neutral por si só não atingiria.


Joana Rita Sousa identifica a necessidade de pensamento crítico nas
empresas e organizações. A aposta filosófica na identificação de necessidades de questionamento, de diálogo e escuta, de perspetivas alternativas e de compreensão das convicções justifica-se para melhorar o desempenho e a prática das organizações.


José Manuel Curado apresenta uma sugestiva atitude nietzscheana;
a filosofia como algo inútil, de puro entretenimento e apenas com importância na civilização ocidental, mas que nem por isso deixa de constituir o supremo desafio às pretensas utilidades que podem conduzir uma sociedade ao embaraço, à crise e, mesmo, à decadência.

António de Castro Caeiro traz um novo olhar... Em vez de apenas buscar sugestões na Medicina e na Estratégia, as velhas artes de curar e de combater, é tempo de o gestor não ter só um olhar clínico e oportuno sobre as circunstâncias mas deixar-se desafiar por um pensamento que se ocupa de “becos sem saída e de óticas fechadas numa perspetiva existencial”.


Para Maria Luísa Ribeiro Ferreira, a atualidade da Filosofia resulta da possibilidade de, continuadamente, nos inquietarmos e procurarmos uma vida boa, à maneira de Espinosa. Filosofia e Gestão têm de pensar conjuntamente este propósito: o que é uma vida boa?


Finalmente, Miguel Real, um especialista da História das Ideias,
ajuda a situar algumas destas problemáticas no contexto dos debates culturais em Portugal, debates contemporâneos e outros menos modernos.


Esta conversação, muito sabiamente conduzida por Catarina G. Barosa no Giro Logo Existo, talvez ajude gestores a ultrapassar a reação padronizada de quem supõe a Filosofia como um conjunto de abstrações, de escassa aplicação prática e de pouca valia no mundo competitivo. E, complementarmente, talvez ajude a quem se interessa em pensar por si próprio, a descobrir os horizontes inesperados da Filosofia Aplicada."


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